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Estudo de Stanford explica por que reuniões virtuais são tão cansativas

Publicado originalmente em: Olhar Digital e New Atlas

Um estudo realizado pelo Laboratório de Interação Virtual Humana, da Universidade de Stanford, chegou a algumas conclusões sobre o fato de reuniões virtuais por Zoom e outras plataformas serem mais cansativas que os encontros presenciais.

A pesquisa foi coordenada pelo professor Jeremy Bailenson e os resultados foram publicados em um artigo no Technology, Mind and Behavior no último dia 23 e conta com uma análise completa sobre as razões do transtorno que foi apelidado de “fadiga do Zoom” e encontrou quatro razões para ele.

Muito contato visual

De acordo com Bailenson, a primeira razão é o fato de todo mundo estar olhando para você o tempo inteiro. Em uma reunião presencial, os participantes olham para quem conduz o encontro, para os slides ou até mesmo para o teto em um momento de distração.

Porém, em uma reunião virtual existe a sensação de que todos estão olhando para você o tempo inteiro, algo que pode ser comparado ao estresse gerado por falar em público, porém, ampliada, já que isso acontece independente da pessoa estar falando ou não.

Você vê você

A não ser que esteja em uma sala repleta de espelhos, as pessoas não veem a sua própria imagem em uma reunião presencial. Porém, o Zoom, o Google Meet, o Skype ou o Microsoft Teams permitem que seus usuários vejam sua própria imagem durante as conferências.

Bailenson, o ato de olhar para a própria imagem por um tempo prolongado acaba provocando um excesso de autoavaliação nos usuários o que pode gerar distrações e o que ele chama de “afeto negativo”.

Comunicação não-verbal

Em uma reunião presencial, os participantes podem piscar para um colega caso queiram passar alguma mensagem, por exemplo. Ou até mesmo fazer gestos mais simples, como balançar a cabeça quando concorda ou discorda do que foi dito por quem está comandando o encontro.

Em uma videoconferência, é necessário apertar um botão para “levantar a mão” e aguardar até o condutor te dar a palavra. Ou seja, qualquer movimento que seria simples em uma reunião presencial, precisa ser mais exagerada em encontros virtuais.

Sensação de prisão diante da tela

Quando se abre a câmera em uma videoconferência, é normal que as pessoas evitem até mesmo fazer movimentos bruscos, elas ficam paradas na frente da tela do computador e pouco se mexem durante a reunião.

Além disso, se vê as outras pessoas no encontro da mesma forma, e essa falta de movimento prejudica a cognição, já que nenhum participante da reunião vê ninguém abrindo uma janela ou derrubando uma caneta, por exemplo.

Soluções possíveis

Mas além de listar os problemas, Jeremy Bailenson listou alguns gestos simples que podem ajudar a diminuir os efeitos da “fadiga do Zoom”, como não usar o modo tela cheia, reduzir ao mínimo a janela do aplicativo, e ficar afastado ao máximo da tela.

Bailenson também propõe ocultar a própria imagem, além de fazer anotações ou até mesmo rabiscos em um pedaço de papel. Outra dica é alterar os momentos com câmera aberta e câmera fechada, dando preferência a abrir apenas no momento em que se vai falar.

 

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